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O ensaio 700nm: por um novo olhar sobre a paisagem, foi tema do meu trabalho de conclusão de curso da pós graduação em fotografia e imagem da Iuperj Candido Mendes, e ele propõe algumas reflexões para a fotografia de paisagem, um meio que ainda está muito calcado nas técnicas e nas regras que foram criadas pelo pioneiro Ansel Adams, como o sistema de zonas. Adams afirma que a técnica dá base para a criatividade, e assim possibilitando o fotografo de se expressar. Mas até que ponto a técnica nos deixa criativos? Ou são cartilhas de manuais que “escravizam” o fotografo o fazendo fotografar mecanicamente?

Na fotografia de paisagem é importante o entendimento e domínio de quatro elementos: uma ideia clara do que fotografar, o uso apurado da técnica, a escolha da luz adequada e a composição, e um universo de oportunidades fotográficas se abre, mas ao dominar a técnica muitos fotógrafos se tornam quase que um “cliqueiro”, com seus olhos e mente funcionando mecanicamente perante aquilo que se apresenta diante de si. 

 Desde a sua invenção, em 1839, quase tudo foi fotografado, mas será que ainda podemos inovar? De mostrar fotos de formas diferentes? Ao perceber que estava fotografando mecanicamente, tratei de reavaliar a fotografia como forma de expressão.  

No ensaio 700nm, por um novo olhar da paisagem, foi usada a fotografia infravermelha que oferece aos fotógrafos explorar um novo mundo praticamente desconhecido – o mundo do invisível. E diferente da fotografia clássica de paisagem não há regras e cartilhas que deixam o fotografo muito mais livre para poder se expressar visualmente. 

Por que "invisível"? Porque nossos olhos literalmente não podem ver a luz infravermelha, pois ela está além do que é classificado como o espectro "visível" - aquilo que a visão humana pode detectar. 

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